Gyokeres quer ir jogar para um campeonato melhor.
Sabia que na Suécia sabe que o nível competitivo não é o mais elevado, e com isso os salários, tentou por uma vez a sua sorte em Inglaterra e veio para Portugal para relançar a carreira, ter visibilidade e voltar para Inglaterra, onde as condições oferecidas são bem melhores que em Portugal.
Gyokeres, o imigrante sueco, fez o mesmo que qualquer imigrante indiano ou paquistanês.
Gyokeres veio para Portugal, tentou aprender a língua mas não mudou a matrícula do seu veículo de alta cilindrada, mantendo a matrícula sueca, falou de juras de amor ao seu empregador português, disse que adorava Portugal e até tinha uma namorada portuguesa mas largou tudo, inclusive a namorada, ao primeiro dislumbre de uma possibilidade do Arsenal.
Gyokeres, o imigrante sueco, fez o mesmo que qualquer imigrante indiano ou paquistanês, mas ninguém se chateou, ou lhe acusou de desrespeitar a nossa cultura.
Então porque é que Gyokeres é diferente?
Gyokeres é sueco, alto e loiro, que nos foi vendido como mais um exemplo da proclamada superioridade genética nórdica (muito falada e publicitada na altura da Troika), alguém diferente, um jogador que não era como os outros, mais polido e instruído que a média dos futebolistas imigrantes que por cá aparecem, que ia inclusive a jantares e recepções na Embaixada da Suécia nos tempos livres.
Tudo certo. Mas Gyokeres, quando viu a possibilidade de melhorar a sua vida fez o mesmo que qualquer jogador internacional ou um imigrante do Bangladesh: foi atrás do sonho e dessa vida! E não foi amigável com muitos dos que lhe estenderam a mão por Lisboa.
Como qualquer um dos seus camaradas de imigração que vêm da Índia, ou do Paquistão, tentou ter aqui uma vida melhor e saiu quando percebeu que poderia ainda melhorar mais porque esta não é a sua terra, o local que o viu nascer.