“É uma personagem que tem por missão retratar a outra face da cidade de Barcelos: Aquela que é conhecida por todos os que nela habitam, mas que usualmente não é utilizada como um ex-libris da cidade”.
“Ao contrário do artesanato, da feira semanal e da Festa das Cruzes, Louis G foca-se na exploração da subcultura regional, através do uso de personagens-chave para retratar da melhor forma os costumes locais. Assim, e de forma a retratar a mais genuína simplicidade dos barcelenses, Louis G recorre a Mariano”, lê-se numa nota enviada às redacções.
E quem foi Mariano? Mariano era apenas mais um simples habitante de Barcelos, como muitos outros. “Guardava carros no Largo da Feira. Pedia moeda. Mas isto não o desvalorizava. Aliás, o que é que dá valor a uma pessoa? Será a quantidade de dinheiro que possuí, ou será a forma como encara a vida? Pois o dinheiro nunca é suficiente, mas a vida é só uma”.
O artista considera que Mariano viveu-a assim. Livre. Mariano morreu da mesma forma como viveu. Ser dar contas a ninguém. O que ficou no final? Fica este simples e humilde disco. Faria todo o sentido não se cingir a um estilo musical, mas sim a um conjunto destes, contextualizando da melhor forma possível a mensagem presente em cada música.
“Lado Bê” apresenta-se como um galo de Barcelos partido. Esta metáfora “deixa escapulir para o mundo o cerne do galo, revelando as entranhas pitorescas e regionalistas que o constituem”.
