No passado dia 30 de março, o sol de primavera despontava radioso sobre o Hotel Flor de Sal, um refúgio elegante plantado à beira-mar em Viana do Castelo, com as ondas a sussurrarem promessas de renovação.
Foi ali, naquele cenário de cortar a respiração, que tive o privilégio de testemunhar o lançamento da candidatura de Paulo de Morais à presidência da Câmara. Não era apenas mais um evento político — era um happening, um momento que pulsava vida, como se a cidade inteira tivesse decidido reunir-se para um brinde ao futuro.
Confesso: esperava encontrar os habituais militantes do PSD e do CDS, talvez algumas caras conhecidas de reuniões partidárias, mas o que vi foi muito mais. A sala transbordava de gente — homens e mulheres de uma elegância despretensiosa, com sorrisos largos e uma energia que fazia lembrar uma festa de casamento misturada com um encontro de negócios de alto calibre. Enquanto segurava um café quente no bar, os murmúrios animados enchiam o ar. Falava-se das legislativas com um fervor quase elétrico, uma confiança palpável nos resultados da Aliança Democrática (AD). “Maioria absoluta” era uma expressão que dançava de boca em boca, e uma certeza pairava como um estandarte: o Norte, esse bastião indomável, seria pintado de laranja, sem sombra de dúvida.
Mas o verdadeiro magnetismo estava reservado para Paulo de Morais. A curiosidade fervilhava entre os presentes — quem era este homem, o que traria ele à mesa? A sala de eventos, a maior do hotel, revelou-se pequena demais para conter tanto entusiasmo. Os lugares esgotaram-se num piscar de olhos, e o ambiente vibrava com uma antecipação quase palpável. Então, ele entrou. Paulo de Morais atravessou a porta como se já fosse dono do destino da cidade — uma entrada triunfal, acolhida por aplausos que ecoavam como trovões. Tudo funcionava na perfeição, um testemunho do trabalho impecável do PSD de Viana do Castelo, que orquestrou o evento com a precisão de um maestro.
Quando tomou a palavra, a sala calou-se, hipnotizada. Começou por revelar o porquê de aceitar o desafio. Nascido em Viana do Castelo, Paulo falou do cordão umbilical que o liga à terra — um elo feito de memórias, de cheiros do mar e de um amor visceral por esta cidade que o viu crescer. Aceitou a candidatura com um sentido de missão que não era apenas discurso: era uma chama que ardia nos seus olhos, uma determinação que o fazia parecer já presidente ali, naquele instante. E a multidão? A multidão já o via assim, como se o futuro tivesse decidido antecipar-se.
As suas palavras não eram promessas vagas, mas um mapa para o renascimento de Viana. Apontou o dedo ao que realmente importa: reter o talento que a cidade tem parido, mas que tantas vezes perdeu para Braga, Porto ou para os confins da emigração. Falou de desenvolvimento, de fortalecer o tecido empresarial, de tornar a mobilidade um pilar essencial. Prometeu rendimentos qualificados, uma Viana que não se conforma em ser apenas um postal bonito, mas que se ergue como um farol de oportunidades. E, como não podia deixar de ser, reafirmou o que sempre o definiu: uma governação de proximidade e transparência total. Paulo de Morais é, afinal, um cruzado contra a corrupção em Portugal — um homem que, ao longo dos anos, enfrentou os poderosos com uma coragem que poucos ousam ter, denunciando esquemas e exigindo justiça onde outros preferiram o silêncio.
O discurso terminou, mas a energia ficou. Seguiu-se um convívio onde tentei, entre o mar de gente que o rodeava, trocar algumas palavras com ele. Não foi fácil — todos queriam um pedaço do seu tempo, um vislumbre da sua visão. Ainda assim, no pouco que conversámos, ficou claro: Paulo de Morais é uma raridade. Há nele uma integridade de aço, uma coluna vertebral que não verga, uma autenticidade que transcende a política de bastidores. Ele não está ali por vaidade ou por jogo — está ali por Viana, pela sua gente, por uma causa que carrega no peito.
Enquanto o sol se despedia no horizonte, tingindo o mar de tons dourados, uma verdade tornou-se evidente: o povo de Viana acolheu esta candidatura com os braços abertos. Paulo de Morais não é apenas um candidato.
Ui, tanto romantismo que até comove.
Alguém fumou umas coisas antes de escrever isto. Só pode.
Ganhe lá juízo.