Eduardo Teixeira, deputado do Chega eleito pelo círculo de Viana e atual vereador na Câmara sem pelouros, alertou para a crescente precariedade das condições de vida dos pensionistas portugueses, classificando os dados mais recentes como “alarmantes e inaceitáveis”.
Segundo o deputado, a taxa de pobreza entre os reformados atingiu os 19,6% em 2024, agravando-se face aos 17,2% registados no início da década.
“O fosso entre gerações está a aumentar perigosamente. Os mais velhos continuam a ser os principais sacrificados pela estagnação económica e pela ineficácia das políticas sociais”, afirmou.
Eduardo Teixeira recorda que este cenário repete padrões anteriores: “Em 2010, com o PS no governo, a taxa já tinha atingido 19%, antes da intervenção da troika”.
“Agora, a crise volta a aprofundar-se, impulsionada pela pandemia e pela guerra na Europa, que acentuaram a exclusão social e o número de sem-abrigo”, frisa
O deputado destacou ainda o impacto generalizado da crise: “Mais de dois milhões de portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza”.
“Com prestações sociais insuficientes, estima-se que mais de 4,5 milhões estejam em risco de pobreza, ou seja, 45% da população”, aponta Eduardo Teixeira.
“PRR tem uma taxa de execução de apenas de 33%
Além da crítica ao modelo de apoio social, Teixeira denunciou a má gestão dos fundos comunitários: “O Plano de Recuperação e Resiliência apresenta uma taxa de execução de apenas 33%”.
“Estamos a desperdiçar milhares de milhões de euros que poderiam transformar o país”, dá nota ainda.
Conclui apelando a uma mudança de rumo: “É urgente adotar uma liderança comprometida, que execute os fundos europeus de forma rigorosa e transparente, e coloque as verdadeiras prioridades nacionais em primeiro lugar — combater a pobreza, reforçar a proteção social e garantir um futuro mais digno para todos”.