O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, está preocupado com a contaminação do Rio Lima em território galego, como avançou o E24, e não esconde o desagrado com o silêncio das autoridades portuguesas.
“É inaceitável a falta de informação”, afirma o autarca, referindo-se às notícias que têm surgido na imprensa espanhola e no E24.
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Em comunicado, Marinho exige “maior cooperação” da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sublinhando que este problema ambiental pode afetar várias atividades ligadas ao rio. “Ponte da Barca é o único município com uma área balnear no Lima. A saúde pública e o turismo local estão em jogo”, alerta.
A praia fluvial de Porto Quintela, na Galiza, já foi encerrada, sendo um sinal claro da gravidade do problema. A contaminação tem origem na atividade de pecuária intensiva, que está a provocar a proliferação de cianobactérias — organismos potencialmente tóxicos.
A autarquia barquense já pediu explicações à APA e contactou a Águas do Norte, que garante que, por agora, a água para consumo humano continua segura. Ainda assim, Marinho quer respostas sobre o impacto que esta poluição espanhola pode ter em território português.
O caso chegou aos tribunais galegos, com várias associações a processar a Junta da Galiza por alegada má gestão da Barragem de As Conchas. Especialistas ouvidos no julgamento alertam para os riscos sérios da poluição no ecossistema.