Câmara do Porto vai reforçar o número de bicicletas elétricas de partilha e reduzir as trotinetes nas licenças atribuídas a operadores privados de mobilidade suave.
A decisão foi anunciada pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, durante a reunião do executivo municipal desta segunda-feira.
Segundo o autarca, a nova hasta pública para a mobilidade prevê um máximo de 900 veículos, sendo que, no mínimo, 40% deverão ser bicicletas. “É uma alteração de paradigma”, afirmou Baganha, sublinhando que a medida implica a substituição de contratos que terminam este mês, e não o aumento de veículos em circulação.
O vice-presidente da Câmara, Filipe Araújo, revelou a intenção de integrar o cartão Porto. na utilização das bicicletas, facilitando o acesso a estes meios, especialmente a residentes. Destacou ainda a preferência por sistemas sem estações fixas, por questões de ocupação do espaço público.
O que dizem os vereadores
A CDU apresentou uma recomendação para melhorar a fiscalização das trotinetes, apelando a campanhas de sensibilização, levantamento real dos veículos em uso e maior civismo por parte dos operadores. A proposta foi rejeitada, com Baganha a garantir que o município já está a implementar medidas nesse sentido.
A vereadora Joana Rodrigues (CDU) alertou para o aumento de acidentes com trotinetes, indicando que o Porto lidera em sinistralidade neste setor, com 70 ocorrências entre 2023 e 2024, face a 47 em Lisboa. Sérgio Aires (BE) criticou a falta de recolha de trotinetes mal estacionadas, enquanto Mariana Ferreira Macedo (PSD) manifestou preocupação com a segurança de pessoas cegas.
Catarina Araújo referiu que há processos de contraordenação em curso devido ao estacionamento irregular destes veículos.