Bloco de Esquerda (BE) apresentou uma nova questão ao Governo sobre os atrasos na reabilitação da Igreja de São Pedro de Rates, situada no concelho da Póvoa de Varzim.
Com 900 anos, o monumento, classificado como Monumento Nacional desde 1910, encontra-se em elevado estado de degradação, com infiltrações de água, problemas estruturais no telhado e vitrais partidos, o que tem comprometido a integridade e segurança do edifício.
Nos últimos anos, o monumento tem sofrido danos consideráveis, agravados pelas chuvas de outono que afetam a estrutura, obrigando ao desligamento do sistema elétrico em dias de chuva devido ao risco de curto-circuito.
Em junho de 2023, o BE questionou o Ministério da Cultura sobre o problema, ao que o ministério respondeu que estava a par da situação e que a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) já tinha identificado a necessidade de uma intervenção urgente.
Segundo o ministério, uma reunião foi agendada entre o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim e o presidente do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural (FSPC) para discutir o apoio financeiro para as obras.
Em agosto de 2023, foi assinado um protocolo entre a Câmara da Póvoa de Varzim e a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), destinado a financiar uma primeira fase de intervenção para reparar o telhado e os vitrais, impedindo assim a entrada de água e vento. No entanto, passados vários meses, ainda não houve qualquer avanço nas obras.
Perante a falta de ação, o BE considera o estado de degradação da Igreja de São Pedro de Rates “preocupante e lamentável” e questiona o Governo sobre os motivos do atraso.
O partido exige “esclarecimentos sobre o prazo previsto para o início da reabilitação”, uma vez que considera “fundamental preservar este património nacional e garantir a sua segurança para visitantes e residentes”.
Igreja São Pedro de Rates
A Igreja de São Pedro de Rates é um importante exemplo de arquitetura românica em Portugal, construída no século XI por ordem do Conde D. Henrique e alvo de diversas intervenções ao longo dos séculos XIII, XV, XVII e XVIII.
Além da sua relevância histórica, o templo é um ponto de passagem para peregrinos do Caminho Português de Santiago e um palco de eventos culturais, como o ciclo de música sacra e o festival internacional de música.