Pedro Macedo, antigo diretor do Centro do Clima da Póvoa de Varzim e atual residente em São Pedro de Rates, fez recentemente declarações apaixonadas sobre a situação da freguesia de Rates.
Ligado desde sempre à terra através do pai, Pedro afirmou: “Aprendi a amar Rates com o meu Pai. Após a sua morte, vim para cá morar e cuidar do seu legado. Fomos muito bem recebidos. Não se irão livrar de nós facilmente.”
Apesar do carinho e das raízes agora reforçadas, Pedro não esconde a sua preocupação com o estado atual da freguesia. Aponta a degradação do centro histórico e da igreja, o desaparecimento de património, construções desordenadas e uma crescente ameaça ecológica.
“As árvores na serra de Rates desaparecem de dia para dia, e as ribeiras estão poluídas. Estão a ocupar os terrenos mais férteis com novas construções”, afirma
A crítica estende-se ao abandono de espaços como o Ecomuseu, o parque verde e o desvio do Caminho de Santiago.
Pedro Macedo alerta ainda para “a falta de apoios às atividades económicas locais” e sublinha “a urgência” de intervenções na escola e no centro de saúde.
Também destaca “os perigos para peões devido à velocidade e estacionamento descontrolado dos veículos”.
Apesar de tudo, Pedro Macedo mantém esperança e confiança na comunidade: “Continuamos a ser uma comunidade coesa, ativa, com uma forte identidade. Mas precisamos de mais organização, colaboração e paixão.”
Lamenta que os últimos anos tenham sido, em parte, “perdidos”, mas vê na limitação de mandatos uma oportunidade para renovação política.