Os eventos paralelos à COP 27 permitem às diversas organizações apresentarem os seus trabalhos e promoverem discussões sobre questões-chave relacionadas com o clima.
São plataformas de partilha de conhecimento, capacitação, networking e exploração de opções políticas replicáveis e escaláveis para enfrentar a crise climática.
Durante esta conferência virtual, as cidades partilharam os seus projectos de sucesso nesta área e a evolução das políticas públicas, assim como a capacidade e importância de envolver empresas locais, cidadãos, actores da economia social e sociedade civil neste processo colaborativo
O autarca bracarense – relator seleccionado para a elaboração de um relatório sobre a implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na União Europeia (UE) – aproveitou a oportunidade para reiterar o papel crucial das autoridades locais e regionais na prossecução dos objectivos globais estabelecidos pela UE no seu ´Green Deal´, sublinhando que a implementação desta agenda deve estar enquadrada nos ODS.
Realçando que as pessoas e comunidades mais vulneráveis serão afectadas de forma desproporcional pela crise climática, Ricardo Rio salientou ser fundamental que as cidades se assumem como motores da acção climática e que estejam na vanguarda do fornecimento de soluções de adaptação aos fenómenos extremos que são cada vez mais recorrentes.
“Os poderes locais e regionais devem estar na linha da frente no combate às alterações climáticas, funcionando como locais de experimentação de soluções inovadores e pioneiras para alcançar a neutralidade carbónica”, disse, apontando a cooperação efectiva entre o sector privado, a sociedade civil e a as universidades como essencial para garantir que a transição para a neutralidade e resiliência climática é ´permanente e justa´.
Nesse aspecto, considerou Ricardo Rio, os Acordos Verdes Locais funcionam como um instrumento ´eficaz´ para facilitar esse tipo de cooperação, possibilitando reunir ´recursos e know-how´ para criar impactos reais e duradouros tendo em vista um objectivo comum.
“São uma excelente forma de permitir parcerias público-privadas locais que multipliquem o valor dos investimentos verdes. Não é por acaso que grande parte dos programas apresentados ao longo da COP27 se baseia na ideia de cooperação e aumento do envolvimento a nível local”, destacou, adiantando ainda que para que estes Acordos Verdes Locais se enraízem e cumpram o seu potencial, devem ser apoiados em todos os níveis de governação – europeia, nacional, regional e local.
Por fim, o edil demonstrou ´orgulho´ nas metas climáticas que Braga tem atingido, estando, pela terceira vez consecutiva, entre o reduzido número de cidades que obtiveram nota A na exigente lista divulgada pelo ´Carbon Disclosure Project´.
Município de Braga, 17 de Novembro de 2022
Gabinete de Comunicação