«São 2,8 milhões de euros faturadas na última década». Quem o diz é o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, que classificou hoje de «notável» o desempenho da economia do concelho, baseando-se num estudo macroeconómico encomendado pela autarquia à CDE Consultores «em indicadores fiáveis e oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Sistema de Análise de Balanços Ibéricos (SABI)».
Em declarações ao jornalistas, o edil frisa que os 2,8 milhões de euros faturados representam 48% do Alto Minho.
O estudo será a base para uma agenda da Inovação que será lançada em 2021.
«Era importante fazermos a avaliação da última década para prepararmos os alicerces da próxima. Precisávamos de perceber qual o posicionamento do concelho, na região e no país, conhecer as grandes linhas e tendências do emprego, da formação e dos financiamentos, para podermos traçar o futuro», disse ainda José Maria Costa que vai instalar um “Conselho de Desenvolvimento Estratégico” que até final do ano vai analisar os indicadores.
«Só poderá ser mesmo uma agenda da inovação se essa avaliação envolver todos. É essa a mobilização que queremos, com todos os cidadãos, instituições e com os grandes atores da economia para nos mobilizarmos para os desafios do futuro», disse ainda durante um pequeno almoço com os jornalistas.
«Temos é de ter objetivos claros. O enquadramento institucional e as questões administrativas podem facilitar ou complicar o desenvolvimento. Temos um crescimento notável nestes 10 anos e não tivemos a ajuda da regionalização. Se tivéssemos, algum destes processos, teria sido mais célere», referiu ainda.
Os sectores responsáveis pelo crescimento económico são, segundo o presidente da Câmara de Viana doCastelo, o papel, construção/imobiliário, eólico, comércio, componentes automóvel, metalomecânica/metalúrgica e bens de equipamento, comércio e reparação automóvel e economia do mar.
Já as exportações de bens e serviços ultrapassaram, entre 2009 e 2018, «os mil milhões de euros, colocando Viana do Castelo no décimo sexto lugar do ‘ranking’ nacional e no segundo com maior crescimento desde 2009».
Nos últimos dois anos as empresas investiram em Viana do Castelo 320 milhões de euros.
«Viana do Castelo foi o segundo concelho da região Norte a conseguir, neste quadro comunitário de apoio, captar mais investimento para as atividades empresariais. É um concelho que atrai recursos e talentos e que está perfeitamente globalizado. Estamos muito mais abertos e flexíveis para os grandes desafios que temos pela frente», disse o edil, dando nota ainda que em 2017 foram registados 31 mil postos de trabalho, correspondendo a 40% do emprego no Alto Minho.