“Denominado de Botafogo, em homenagem ao galeão português que foi construído no séc.XVI e que ficou conhecido como o navio de guerra mais poderoso do mundo na sua época, o parque eólico ocupará uma área de 359 km2 e terá 55 turbinas eólicas, cada uma com uma capacidade de 18MW, o que perfaz um total de 990 MW de capacidade instalada, que poderão fornecer eletricidade a centenas de milhares de casas”, anunciou, em comunicado, a ‘joint-venture’ irlandesa e espanhola criada para a promoção de parques eólicos ‘offshore’ flutuantes na Península Ibérica.
Fonte oficial da empresa adiantou que “a IberBlue Wind ainda está a trabalhar no modelo financeiro do projeto para Portugal, mas o valor estimado é de 2.500 milhões de euros”.
A Figueira da Foz é uma das cinco áreas propostas pelo Governo para a exploração de energias renováveis no mar, com a maior área de instalação de parques eólicos, com 1.237 quilómetros quadrados (km2) e potencial para até quatro gigawatts de capacidade, seguida por Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW), Leixões (463,36 km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).
“A escolha da IberBlue Wind nesta área justifica-se pela combinação entre o seu elevado potencial eólico, infraestrutura portuária e baixo impacto sobre outras atividades que decorrem na área envolvente”, apontou a ‘joint-venture’.
A entidade disse ainda que já iniciou os contactos com os portos, bem como com outras instituições regionais e locais, com o objetivo de “reunir todas as contribuições e proporcionar ao projeto a máxima transparência e integração no território”.
A IberBlue Wind prevê que o projeto permita a criação de “milhares de postos de trabalho”, sobretudo na fase de desenvolvimento e construção do parque eólico, operação e manutenção das turbinas.
O projeto prevê a implementação de plataformas flutuantes, ancoradas no fundo do mar, entre 30 a 50 km da costa.
Além do Botafogo, a IberBlue Wind anunciou já, em novembro do ano passado, um outro projeto em Espanha, o Nao Victoria, localizado no Mar de Alborão, ao largo das costas de Cádis e Málaga, com uma área de 310 km2 e uma capacidade instalada de, também, 990 MW, e vai anunciar “em breve” mais projetos para a Península Ibérica.