Maria Dulce da Silva Pinto, recentemente nomeada para o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), esteve envolvida numa queixa relacionada com vacinação indevida contra a covid-19. A Procuradoria-Geral da República confirmou esta terça-feira que o inquérito foi arquivado.
A polémica remonta a junho de 2021, quando a ‘task force’ da vacinação covid-19 denunciou à Polícia Judiciária e à IGAS casos de vacinação fora das normas nos centros de saúde do ACES Porto Oriental, onde Maria Dulce era diretora.
Jovens de 18 anos teriam sido vacinados antecipadamente, situação que motivou críticas e o seu afastamento temporário da função.
Segundo a Procuradoria, o caso foi investigado pelo DIAP do Porto e encerrado sem acusações. Contudo, a IGAS não respondeu às questões sobre o desfecho do processo.
A nomeação de Maria Dulce Pinto foi aprovada em Conselho de Ministros na passada quinta-feira.
A enfermeira exercia, desde fevereiro, funções de assessora na área da enfermagem da ULSAM, embora não integrasse então o conselho de administração.
Este novo executivo vem colmatar o vazio deixado desde fevereiro, quando o anterior vogal designado, Luís Garcia, renunciou após ser alvo de um inquérito por alegado assédio sexual.
O novo conselho é presidido por José Manuel de Araújo Cardoso, com Maria Helena Ramalho, António Nelson Rodrigues e Lúcia Silva Marinho como vogais executivos.