A paciência esgota-se e já se admite um protesto da população da freguesia e das vizinhas.
“O crime compensa”, diz o autarca. “Isto não pode continuar”, continua referindo-se as descargas cuja origem, alegadamente, proveem da 2ª fase da Zona Industrial do Neiva.
“As empresas para funcionarem têm de estar dentro da lei” e as autoridades “têm aqui um papel fundamental, nomeadamente a APA”.
Segundo Manuel Salgueiro, a entidade chegou a estar no terreno realizando uma fiscalização e a investigar as causas das descargas, em abril do ano passado, “mas o resultado foi inconclusivo”, revela o autarca. “O que é certo é que a freguesia continua a empobrecer”, pois muitos dos agricultores que tinham terrenos junto ao ribeiro “estão a abandonar o cultivo pois está tudo contaminado”, alerta o autarca.
Aquilo que considera um desastre ambiental “está também a afetar o Rio Neiva”, refere Manuel Salgueiro afirmando que se tem de obrigar as empresas a fazer o tratamento das águas e acabar com as ligações clandestinas.
O ribeiro de Radivau, desagua no rio Neiva, entre Castelo do Neiva, Viana do Castelo e, Antas, no concelho de Esposende, distrito de Braga.
O “património da freguesia está a ser destruído, com as diversas descargas poluentes que se têm vindo a verificar”, considera ainda antevendo a possibilidade da população se vir a manifestar publicamente, em conjunto com as freguesias vizinhas “perante o que se está a passar e que está a causar grande revolta em todos”.