A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) considera “urgente” garantir a estabilidade na administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), manifestando preocupação com as recentes notícias sobre possíveis alterações na liderança da instituição.
Em comunicado, a CIM Alto Minho sublinha que “lideranças sólidas e consistentes são essenciais para assegurar a continuidade e a qualidade dos serviços de saúde prestados à população, especialmente em contextos tão sensíveis como o da saúde pública”.
A organização reforça que a estabilidade nos mandatos das administrações de instituições públicas de saúde é indispensável para o bem-estar da população.
As declarações surgem após a informação de que o presidente do Conselho de Administração da ULSAM, João Porfírio Oliveira, terá sido convocado pelo Ministério da Saúde, mas ainda não se apresentou por estar de férias.
Este facto surge no âmbito de uma série de substituições nas administrações hospitalares promovidas pela ministra da Saúde, com a ULSAM a figurar como a próxima na lista, segundo avançado pela Rádio Alto Minho.
A CIM Alto Minho alerta para os riscos da instabilidade na gestão de unidades de saúde.
“A gestão de unidades de saúde requer planeamento estratégico, experiência consolidada e um compromisso permanente com a melhoria da saúde pública. A instabilidade pode ter consequências negativas para a efetividade das políticas de saúde, afetando a confiança dos profissionais e utentes, bem como a eficiência dos serviços”, lê-se na nota enviada às redações.
A organização destaca ainda o papel fundamental da CIM e dos dez municípios que a integram na implementação de projetos estruturantes para a qualificação dos serviços de saúde no Alto Minho. Estas iniciativas incluem intervenções de modernização das instalações dos centros de saúde, representando um investimento superior a 15 milhões de euros, financiados em parte pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Enquanto parceiros estratégicos dos serviços de saúde pública, a CIM Alto Minho defende que as administrações da ULSAM devem dispor de condições adequadas para implementar as suas estratégias e cumprir os respetivos mandatos. “Só assim será possível assegurar a continuidade das ações necessárias para a melhoria contínua dos cuidados de saúde prestados”, frisa.