Os peregrinos portugueses e galegos de Santiago vão defender junto da Comissão Europeia a certificação do Caminho de Santiago como Primeira Rota Cultural Europeia.
A garantia foi dado por Ildefonso de La Campa Montenegro, presidente da Federação Ibérica do Caminho de Santiago, no segundo Fórum Peregrino que decorreu em Viana do Castelo.
La Campa justificou esta vontade com o facto desta rota “molda a história” com os seus mais de 80 mil itinerários, por ser “um elemento patrimonial vivo” e uma “realidade cultural” defendida por mais de 330 associações em todo o mundo.
“O Caminho Português da Costa é o que mais tem crescido e dos cerca de 600 mil peregrinos que chegam a Santiago, trinta por cento fazem este Caminho”, anunciou ainda La Campa.
Durante este Fórum foi ainda assinado o protocolo de colaboração com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
Carlos Rodrigues, presidente do IPVC, classificou como “um contributo para o conhecimento do Caminho e dos caminhantes nas suas diversas dimensões”.
A sessão de abertura a presidente da Federação Portuguesa do Peregrino, Ana Rita Dias, sublinhou a importância da reflexão sobre o caminho secular que “está cada vez mais ativo”.
“Os peregrinos são a alma do Caminho e os Caminhos de Santiago não são um trilho ou um percurso, mas uma marca com alma que deve ser respeitada como tal”, vincou, lembrando que foram criadas normas de regulação dos albergues e dísticos de hospitalidade para dar resposta a um “movimento que é um património vivo”.