Uma denúncia chegada ao E24 alerta para a escassez de material essencial no Hospital de Viana do Castelo, integrado na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), bem como para uma situação crítica no que respeita aos recursos humanos.
Fomos tentar perceber o que se passa e os relatos confirmam carência de cateteres venosos periféricos, linhas arteriais, circuitos para ventilação não invasiva e até medicação parentérica destinada a doentes dos cuidados intensivos.
Os profissionais de saúde referem ter notificado internamente estas falhas, sem qualquer retorno por parte da administração.
O descontentamento é notório: “O pessoal está todo a entrar em colapso”, refere um profissional, mencionando ainda que “na urgência pediátrica, por exemplo, está menos um enfermeiro do que o necessário”.
A ausência de equipas completas nos turnos tem levantado sérias preocupações quanto à continuidade e qualidade dos cuidados prestados.
Em resposta, o Conselho de Administração da ULSAM admite “constrangimentos pontuais no fornecimento de algum material hospitalar”, garantindo, no entanto, que “não estão a pôr em causa a prestação de cuidados de saúde aos utentes”.
A administração sublinha que já está em curso o reforço das equipas de compras e aprovisionamento, com o objetivo de agilizar os procedimentos e superar as dificuldades identificadas.
A ULSAM reconhece ainda que “nem sempre tem sido possível o cumprimento de entrega do material por parte dos fornecedores”, sublinhando que o contexto atual impõe desafios logísticos complexos.
No que toca aos recursos humanos, a administração assegura que tem mantido o número necessário de profissionais nos diversos serviços, incluindo nas urgências gerais, de obstetrícia/ginecologia e pediatria, que, segundo a instituição, “decorrem com normalidade”.