Vivemos tempos muito estranhos. Ouvimos nas televisões e nas rádios e lemos nos jornais que as pessoas estão descrentes na política e nos políticos e assim se justifica a crescente subida nas sondagens de um partido de extrema direita antidemocrática.
A maioria dos comentadores vão tentando incutir-nos a ideia de que é um voto de protesto.
Dizem que é a forma de as pessoas se fazerem ouvir manifestando-se contra os partidos mais tradicionais.
Ao “vender-nos” estas justificações estão, na verdade, a validar essa opção de voto em vez de fazerem o seu papel de esclarecimento e informação.
Creio que seria mais útil para todos que a comunicação social informasse em vez de produzir entretenimento disfarçado, mesmo nos canais de notícias.
Acompanhei a campanha do PS no distrito de Braga no passado dia 3 de março. Em Guimarães as ruas encheram-se de apoiantes de Pedro Nuno Santos. Em Vizela um mar de gente acompanhou o candidato a primeiro-ministro.
No comício de Braga ficou muita gente à porta por estar lotada a capacidade do Teatro Circo.
Grandes discursos do Frederico Castro, da Isabel Soares, do José Luís Carneiro e do Pedro Nuno Santos.
Nesse dia voltei para casa com a certeza de ter acompanhado um grande dia de campanha. Qual não é o meu espanto ao ligar a televisão e ver que nos canais de notícias apenas se falava do ato falhado de um cidadão que decidiu provocar e insultar os apoiantes do PS.
Um ato absurdo que envergonha a democracia e que nem deveria passar nos rodapés das notícias era o grande destaque nas TV’s. Porquê? Para quê? Estamos mesmo certos que é o descontentamento das pessoas que faz crescer o Chega?
É que mais parece que são as TV’s que querem este ambiente de tasca em que apenas o espetáculo é importante!
No próximo domingo a escolha é simples. É preciso fugir do vazio e dos discursos populistas. É preciso relembrar que estamos melhor. Como diz o Pedro Nuno Santos, há ainda muito por fazer, mas é factual que o país cresce mais, a dívida pública está mais baixa, o investimento subiu, a pobreza está mais baixa, os salários estão mais altos, as pensões estão mais altas, os alunos na universidade aumentaram, o abandono escolar desceu.
É factual!
Tudo o resto é o discurso vazio das ilusões e promessas irrealizáveis. O discurso de falar mal de tudo e todos. Querem que votemos no vazio. Eu voto num Portugal Inteiro!