Cerca de uma centena de empresários itinerantes estiveram ontem à porta da Câmara de Barcelos em protesto face aos graves problemas que têm resultado do cancelamento das festas devido à covid-19. Os empresários dizem que 2020 foi já um ano de «desgraça» e querem agora que 2021 não vá pelo mesmo caminho, pois famílias inteiras a sofrer graves problemas financeiros.
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«Queremos que não nos cancelem as festas. Pois se cancelarem não sei como vamos fazer. Estes meses têm sido muito complicados para pagar despesas. Muitos já cancelaram seguros e outros têm selos de carros para pagar, entre as despesas mensais pessoais. Com tudo fechado não conseguimos faturar», afirma Fernando Fernandes, que veio da Póvoa de Lanhoso para estar com os colegas de Barcelos. De acordo com os empresários, a Direção-Geral da Saúde concordou com os protocolos de segurança apresentados pelos “itinerantes”, mas cabe agoras à autarquias abrir as festas e eventos. Devido ao surto de covid-19, os negócios itinerantes em eventos culturais, feiras, festas, romarias e circos, a maioria das quais canceladas, ficaram comprometidos.

Os empresários pedem o regresso das festas, eventos e ações culturais, pois podem laborar porque têm garantias de segurança. No Minho são muitas as romarias, festas e eventos, mas a covid-19 tem cancelado e adiado as ações. No caso de Barcelos a Festas das Cruzes, considerada a primeira grande romaria do Minho, atrais muitos empresários. «É a grande festa que abre as romarias, depois vêm as restantes festas do Minho», disse Alice Machado, empresária que atualmente vive com um apoio de 219 euros e que tem recebido ajudas para comer. Este jornal tentou obter uma opinião da Câmara de Barcelos, mas até à hora de fecho desta edição não obteve respostas.