Em comunicado, a CEP, curiosamente presidida pelo bispo José Ornelas, salienta que este “não tem qualquer conhecimento formal” desta investigação.
Este esclarecimento surge depois de nova notícia de que o bispo José Ornelas está a ser investigado pelo MP num segundo caso de alegado encobrimento de suspeitas de abuso sexual de menores, desta vez relacionado com um padre da paróquia de Fafe, que tinha sido investigado pelo menos uma vez pelo MP, num caso que foi arquivado em 2015.
O padre em causa pertenceu à Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (padres dehonianos) até junho de 2014 e foi afastado da Arquidiocese de Braga por decisão do Papa Francisco.
No esclarecimento, a CEP explica que a primeira denúncia do caso do sacerdote teve lugar em 2003 e foi alvo de uma averiguação interna por parte da Congregação dos Padres Dehonianos, tendo a alegada vítima negado qualquer abuso.
“A mesma [alegada vítima] reconfirmou a sua posição em 2014, em tribunal”, acrescentou.
Em 01 de outubro, o MP confirmou estar a investigar o bispo José Ornelas, que chegou a estar na calha para ser o Arcebispo de Braga, por alegado encobrimento de abusos sexuais, referindo ter recebido sobre esta matéria uma “participação provinda da Presidência da República”.
O Presidente da República manteve hoje que o contacto que teve com José Ornelas não terá consequências na investigação criminal, após ter sido noticiado que o bispo está a ser investigado pelo MP num segundo caso.