Com o presidente da direção, Paulo Renato Rocha, ausente devido a doença de familiar, acabou por ser o vice Bruno Eiras tentar responder às dúvidas dos sócios, incluindo do próprio conselho fiscal da associação que alertou, já em junho de 2022 para a necessidade urgente de apresentação do orçamento retificativo.
Conselho fiscal este que se absteve na Assembleia Geral, dando nota das dúvidas que vinham a ser alertadas de junho passado.
Com uma “derrapagem” de 100 mil euros nas contas, os sócios acabaram por chumbar a proposta a pouco mais de sete dias de acabar o ano, deixando desta forma o futuro da Associação Humanitária num impasse.
Aliás, os elementos presentes da direção admitiram um conjunto de situações que careciam de esclarecimentos, daí que o presidente de Assembleia Geral, Mota Alves, tenha convocado uma Assembleia Geral extra-ordinária para janeiro, mas, no entanto, sem saber quanto à legalidade jurídica de retificar um orçamenta retificativo para lá do período legal da sua apresentação.
Vários sócios, e no final da Assembleia, acabaram por lamentar toda a situação dando nota da má gestão da parte diretiva da Associação Humanitária que acreditam ser o resultado de uma direção com apenas “uma cabeça”, ou seja, de Paulo Renato Rocha.
“Devia apresentar a demissão. Como aqui ficou provado, os restantes elementos de direção, na voz do seu vice, apenas se limitou a ler um documento que acabou por admitir que estava com situações duvidosas e desconhecendo determinadas rubricas”, destacaram vários sócios mais ativos na assembleia.
Segundo apurou o E24, no documento retificativo estavam aumentos de despesas, como caso das deslocações e estadias, que passaram de 2500 euros para 27 mil euros.
A direção vai agora tentar corrigir algumas recomendações que os elementos presentes referiram que “havia necessidade de o fazer”, comprometendo-se ainda perante os sócios esclarecer outros casos como pagamento do seguro de um carro VLCI que nunca entrou no quartel.
Os sócios também vão querer saber as razões que levou ao chumbo por parte das autoridades competentes do nome Luís Sousa para comandante da direção.