O E24 esteve a ler o relatório (ver aqui) e verificou que 10 das vítimas residem no distrito de Vianas do Castelo e 43 em Braga. Por concelho, Esposende regista 2 casos de vítimas residentes, Barcelos 6, Viana do Castelo 4 e Braga com 14.
Olhando em detalhe aos locais onde ocorreram os abusos, no distrito de Viana do Castelo são sinalizados 15 e em Braga 55. Por concelho, Esposende tem 2 casos que aconteceram no concelho, Barcelos tem 8, Braga 23 e Vila Verde 1 caso.
No Alto Minho, Viana do Castelo regista 7 casos, Ponte de Lima 3 e Arcos de Valdevez 2 casos.
De referir ainda que o concelho de Viana do Castelo regista casos de crianças institucionalizadas abusadas, assim como os concelho de Barcelos e Braga.
Olhando ao panorama geral do país, os dados revelaram que 97% dos abusadores eram homens e em 77% dos casos padres, além de que em 47% dos casos o abusador fazia parte das relações próximas da criança.
A Conferência Episcopal Portuguesa vai tomar posição sobre o relatório a 03 de março, em Fátima.
Os abusos sexuais revelados ao longo de 2022 abalaram a Igreja e a sociedade portuguesa, à imagem do que ocorreu com iniciativas similares em outros países, com alegados casos de encobrimento pela hierarquia religiosa a motivarem pedidos de desculpa.
Bispo do Porto, Manuel Linda, considera hediondos e inqualificáveis casos de abuso sexual.
“Têm de ser combatidos com toda a energia”, disse numa declaração publicada na página da Internet da diocese, na qual afirma: “sofro e choro pelas vítimas de atos que são absolutamente hediondos, inqualificáveis, e que têm de ser combatidos com toda a nossa energia”.
Manuel Lima diz ainda saber que “o pedido de perdão às vítimas, não chega, não resolve, nem apaga os atos hediondos do passado”.
“Não obstante, é o mínimo que, neste momento, posso fazer, mais uma vez, em nome desta Diocese do Porto”, escreve.
(foto Nuno Cerqueira)