Depois de Braga, o partido Chega foi recebido hoje de manhã em Viana do Castelo com protestos.
O clima foi tenso entre André Ventura, líder do Chega, e vários elementos da comunidade no Campo d´Agonia.
Aliás, a PSP no local pediu mesmo reforços que vieram com duas carrinhas da equipa de intervenção.
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André Ventura, que acompanha o cabeça de lista por Viana, Eduardo Teixeira, afirmou que não tem “medo” de imigrantes, ciganos ou corruptos e que o seu partido “nunca será muleta de ninguém”.
Já ontem, no distrito de Braga, André Ventura foi recebido com protestos de elementos de etnia cigana, mas o lider do Chega aproveitou a ocasião para afirmar que “este partido nunca será muleta de ninguém”.
“Nunca venderemos a nossa identidade e as nossas causas para agradar ao PS, ao PSD ou outro qualquer. É por isso que esta fibra é tão forte e inquebrável”, afirmou.
Num jantar-comício em Guimarães, no distrito de Braga, o líder do Chega disse que “não quebra, não cede” e não tem medo.
“Seja de ciganos, seja de imigrantes, seja de corruptos, seja do PS ou do PSD, nós não temos medo”, afirmou, dando o mote para a sala gritar também estas palavras.
Na sua intervenção, André Ventura criticou BE e IL, ironizando que a “aposta nos jovens” por parte do BE consistiu em candidatar a deputados nas eleições legislativas de 18 de maio os fundadores Francisco Louçã e Fernando Rosas, pelos círculos de Braga e Leiria, respetivamente.
“Nós devíamos dar um sinal a dois partidos nestas eleições, partidos que prometeram rejuvenescer, mas foram buscar o mesmo baú de sempre. O Bloco de Esquerda foi buscar o Louçã, e a Iniciativa Liberal foi buscar o Rui Rocha, esse grande valor jovem e seguro”, criticou.
André Ventura assinalou que, no ano passado, fez “um esforço” para tentar dar estabilidade ao país e andou “televisão em televisão” a apelar à construção de “uma maioria”, numa tentativa de evitar que se chegasse a uma crise política.
E considerou que o Chega foi “enganado pelo PSD” e disse ter tido “o maior banho de realidade” da sua vida, quando percebeu que “PSD e PS são exatamente a mesma coisa”.
Ventura referiu também o caso do jovem que morreu recentemente num bar em Braga, e considerou que houve uma disparidade de atenção e indignação por parte dos restantes partidos, em comparação com a morte de Odair Moniz, argumentando que este jovem, “como foi morto por um criminoso brasileiro, foi ignorado”.
“Isto é Portugal, aqui não será nem um novo Brasil, nem um novo Bangladesh, nem um novo Nepal, nem um novo Paquistão, nem uma nova Índia. Aqui é Portugal, será Portugal para sempre”, salientou.
Pegando no ‘slogan’ da AD – Coligação PSD/CDS que pede “deixa o Luís trabalhar”, André Ventura introduziu um novo: “Luís, volta a trabalhar e deixa o André governar”.