O presidente da Câmara de Esposende atacou o ministro da Administração Interno, Eduardo Cabrita, depois de ter ouvido da boca deste afirmações que apontavam para o mau comportamento em Esposende no que diz respeito ao cumprimento do Estado de Emergência.
O edil publicou mesmo um vídeo, nas redes sociais, mostrando um pequeno troço da Marginal de Esposende, ao final da tarde de ontem, com poucas pessoas e quase sem carros.
O edil referiu que «a população de Esposende tem sido cumpridora».
«Eu diria exemplar, dentro do quadro legal imposto pela determinação do Estado de Emergência, aliás já o foi nos restantes dias ainda antes do dia 18 de março. Não há registo de nenhuma detenção ou resistência às orientações das autoridades, conforme pude constatar diretamente com o comando da GNR», destacou, dizendo que a GNR limitou-se apenas a cortar o acesso à Praça da Lampreia, ato que para o edil «foi entendido como um caso passível de ser reportado a nível nacional», escreveu nas redes sociais.
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O autarca acaba mesmo por pedir às pessoas de Esposende para «desvalorizarem» as declarações do Ministro.
«Espero (…) que se rodeie de assessores à altura de validar a informação que transmite a todo o país, sob pena de estar a ser injusto com aqueles que cumprem e que encaram este assunto com a responsabilidade que ele merece», disse ainda.
No entanto redes sociais em Esposende foram inundadas com críticas severas ao autarca esposendense e com vários relatos que, aparentemente, contrariam a versão do presidente da Câmara, como em grupos como “Apúlia Atenta” ou o grupo “Covid-19 – Concelho de Esposende”, onde ******* mostra num vídeo, entre a ISN e a Rotunda de acesso ao Farol de Esposende, onde se vêm 78 pessoas a circular na Marginal e 15 viaturas ao longo de 1700 metros perto da hora do almoço.
No entanto acabam por ser elementos da GNR de Esposende, que andaram na rua, a lamentar a atitude dos cidadãos, chegando mesmo a classificar como «vergonha».
«Início a minha actividade profissional e desde as 7h30 deste dia que não paro de abordar pessoas, de entrar em estabelecimentos, de sensibilizar como nos é pedido os muitos cidadãos que teimam resistir a este Estado de Emergência! O telefone não para, o tempo não chega para todas as solicitações!», refere um militar da GNR.
A autoridade crítica também os proprietários de estabelecimentos.
«O português tenta sempre ludibriar a lei e então faz as mais diversas artimanhas para ter o estabelecimento aberto! Vergonha! Deviam ter…vergonha! A esta altura do campeonato já nem deveria ser necessário a GNR vos alertar», refere.
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Este jornal sabe ainda que a vida corre normal em quase todas as freguesia do concelho de Esposende, situação que levou, por exemplo, uma União de Freguesias, de Belinho e Mar, afirmar que vai denunciar casos à GNR.
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