Este evento reunirá cerca de 150 participantes de 33 países, tornando Braga a capital mundial dos micróbios durante essa semana.
A conferência tem como objetivo principal “destacar o papel fundamental dos micróbios no bem-estar social e na sustentabilidade”.
Serão abordadas diversas áreas em que os micróbios desempenham um papel crucial, tais como a preservação de alimentos, a produção de vacinas e antibióticos, as bacterioterapias, os biofertilizantes, os biocombustíveis e a valorização de resíduos.
Esses tópicos serão discutidos em sete sessões plenárias, 46 comunicações orais, 54 posters, dois workshops, um minicurso e uma mesa redonda sobre tecnologias de ponta nessa área.
A cerimónia de abertura oficial acontecerá na segunda-feira, às 9h30, e contará com a presença de importantes autoridades.
Destacam-se Ipek Kurtboke, presidente da Federação Mundial das Coleções de Culturas (WFCC), Rino Rappuoli, presidente da União Internacional das Sociedades de Microbiologia, Andreas Holtel, representante da Agência Executiva para a Investigação da Comissão Europeia, Ricardo Rio, presidente do Município de Braga, Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, Eduardo Hebel, reitor da Universidade de La Frontera (Chile), e Nelson Lima, coordenador do evento e diretor da Infraestrutura Europeia de Investigação em Recursos Microbianos (MIRRI-ERIC) e da Micoteca da UMinho.
Além dessas personalidades, renomeadas professoras como Ellen Jo Baron, da Universidade de Stanford (EUA), e Rosa Aznar, da Universidade de Valência, também farão palestras durante o evento.
Essa conferência trienal é realizada sob os auspícios da WFCC, que reúne mais de 3,3 milhões de micróbios isolados e caracterizados de 830 coleções em 78 países.
Essas coleções estão disponíveis para novos usuários, acelerando a inovação e a bioeconomia. Nelson Lima destaca que os micróbios estão se tornando cada vez mais a base da produção de alimentos, medicamentos e energia verde, entre outros aspectos importantes para a indústria 4.0 e a biotecnologia.
O investigador ressalta que, no século atual, os micróbios têm um potencial elevado para criar soluções inovadoras, ambientais e económicas, contribuindo de forma positiva para os grandes desafios societais, como a economia circular, a saúde planetária, a segurança alimentar, a transição climática, a descarbonização e a biodiversidade.
O professor da UMinho destaca também o impacto da pandemia de Covid-19 na consciência social sobre os micróbios, desde aqueles benéficos até os problemáticos. Ele enfatiza a importância especial dessa conferência para fortalecer a presença de Portugal