“Ainda há um longo caminho a percorrer”, referiu Eduardo Gonçalves, promotor da iniciativa de levar menu´s em braille aos restaurantes.
Por enquanto ainda são raros os restaurantes que o têm, para um comunidade de mais de um milhão e 800 mil no país.
O restaurante “Bom Fim” em Esposende foi o primeiro a ter o menu para invisuais. Márcia e Sara Araújo, duas irmãs atletas do SC Braga quiseram ir experimentar a sensação de estar num restaurante sem ninguém ao lado a ditar o que está escrito no menu.
“O restaurante tem que dispensar um colaborador, que deixa de fazer o seu trabalho para estar ali ao nosso lado a ler as coisas a correr. O menu em braille acaba por ser uma espécie de liberdade para estar ali à vontade para escolher”, referiu Márcia.
Já mana Sara destacou que ainda há muita a fazer na inclusão.
“Por vezes parece que andamos para trás. Esta iniciativa é uma gota de água nesse trabalho por fazer e compete aos jovens com deficiência lutar por um mundo mais inclusivo”, frisou Sara Araújo.
Já Rogério Martins, proprietário do restaurante Bom Fim, explica que “sempre foi uma aposta da casa receber bem as pessoas” e que foi a filha mais nova que “alertou” para a questão da inclusão de clientes invisuais.
“É uma forma de ajudarmos os outros. É uma aposta para continuar e vamos também criar uma outra rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida”, apontou Rogério Martins, dono do restaurante situado à face da EN13, um casa com mais de 30 anos ali mesmo nas Marinhas.