O PCP de Esposende veio a público dar nota d que é preciso “continuar a luta” para a construção do novo Hospital de Barcelos, que também é o hospital público de Esposende.
Segundo a nota enviada à nossa redação, a posição pública do Ministério da Saúde de constituição do “grupo de trabalho para a elaboração de proposta de perfil assistencial, área de influência e dimensionamento do novo Hospital de Barcelos e do grupo de trabalho para a elaboração de proposta de programa funcional” é uma decisão explicada pela aprovação na Assembleia de República no ano passado de um projeto de resolução sobre este equipamento.
“É reconhecido que o atual Hospital de Santa Maria Maior, E. P. E., instalado em edifício da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, apresenta inúmeras debilidades que o impedem de dar uma resposta cabal e atempada às populações de Barcelos e Esposende. O Hospital está localizado em instalações que estão há muitos anos subdimensionadas e desadequadas para a prestação de cuidados de saúde. E, para além das insuficiências do edificado, o Hospital continua a debater-se com carência de profissionais de saúde”, frisa o PCP.
“A construção das novas instalações do Hospital é uma promessa que os sucessivos governos PS e PSD/CDS tardam em concretizar”, sublinha o PCP.
Perante o anúncio desta decisão do Governo, a direcção da Organização Regional de Braga do PCP recorda que “segundo é agora citado no próprio despacho do Ministério da Saúde, já em 2008 foram entregues um programa funcional e o estudo de viabilidade económico-financeira, que foi celebrado um acordo estratégico de colaboração entre o Ministério da Saúde e o Município de Barcelos, e que em 2010 foi autorizada a abertura do procedimento de concurso público internacional para a elaboração do projeto que deu até origem a estudo prévio aprovado no início de 2014, sem que se tenha tomado decisão sobre as fases seguintes do projeto”.
“Assim, na opinião do PCP, mais do que saudar este anúncio do Governo de constituição de grupo de trabalho, importa sobretudo reclamar medidas concretas e céleres com vista à construção do novo Hospital”, destaca o PCP.
Os comunistas têm tido uma intervenção continuada em defesa do novo Hospital, tendo já apresentado diversas propostas na Assembleia da República, incluindo um projecto de resolução que contribuiu para o texto final aprovado por unanimidade em 2021.
Em coerência com o conteúdo do projecto de resolução aprovado na Assembleia da República, que prevê que a construção do Hospital tenha financiamento do Orçamento do Estado e que a sua construção e a gestão sejam públicas e não decorram de parcerias público-privadas, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou uma proposta com vista a dotação de verbas para este efeito na discussão do Orçamento do Estado.
“Os votos contra de PS, PSD, Chega e IL impediram a sua aprovação. Pese embora este desfecho, o PCP continuará empenhado na salvaguarda do carácter público da construção e gestão públicas do novo Hospital e na garantia do seu correspondente financiamento”, destaca o PCP.
Para os comunistas “a atual situação que se vive no Serviço Nacional de Saúde, com falta de meios e de capacidade de resposta às necessidades, confirma o imperativo de medidas estruturais de reforço do investimento e de defesa do SNS, num quadro de grande pressão dos grupos económicos privados que exploram o negócio da doença e dos partidos que se colocam ao seu serviço”.
“A construção do novo Hospital de Barcelos com construção e gestão públicas será um importante contributo para defender e reforçar a resposta do SNS na região”, vaticinam.