No âmbito de uma iniciativa do ACES Cávado III de conscientização da população sobre a importância vital do aleitamento materno para a saúde e desenvolvimento dos bebés, e sob o tema “Apoie a Amamentação: Faça a Diferença para as Mães e Pais que Trabalham”, Vera Antunes dá nota dos desafios enfrentados por mães que buscam equilibrar o trabalho e a amamentação.
“O leite materno é amplamente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a forma mais adequada de alimentação nos primeiros meses de vida. Além de fornecer nutrientes essenciais, o leite materno oferece anticorpos que protegem os recém-nascidos contra doenças e infecções”, refere a enfermeira, dando nota ainda que “pesquisas indicam que a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses, combinada com a introdução gradual de alimentos complementares até os dois anos, contribui para a prevenção de doenças crónicas e para o desenvolvimento saudável das crianças”.
“A amamentação não beneficia apenas os bebés, mas também as mães”, frisa ainda Vera Antunes, referindo que este ato “reduz o risco de cancro de mama e de ovário, promove a saúde mental e física das mães, e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Obstáculos?
No entanto, mesmo com todos esses benefícios, as mães ainda enfrentam numerosos obstáculos.
A falta de informação e apoio adequado, pressões sociais e culturais, licenças parentais desajustadas e a necessidade de retorno ao trabalho precocemente são desafios comuns.
“A sociedade precisa se unir para proporcionar um ambiente que apoie as mães na amamentação, reconhecendo-a como uma prática fundamental para a saúde dos bebés”, destaca Vera Antunes.
Recentemente o lema da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2023 abordou está temática – “Onde estamos e para onde queremos ir?” – convidando governos, legisladores, empregadores, sindicatos, profissionais de saúde, pais e a comunidade em geral a refletirem sobre a situação atual e a vislumbrarem um futuro mais favorável.
“Urge a aprovação de leis que garantam licenças parentais sustentáveis e estendidas, incluindo uma licença remunerada para todos os trabalhadores até os seis meses de idade do bebé”, refere a enfermeira.
”Além disso, é crucial criar salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho, proporcionando pausas e horários flexíveis. A formação dos profissionais de saúde também é vital para melhorar as taxas de aleitamento materno, garantindo espaços de apoio com profissionais habilitados”, dá nota Vera Antunes ao E24.
A sociedade civil deve ser mobilizada para defender o direito à amamentação, sem julgamentos ou impedimentos.
Apoiar a amamentação e iniciativas relacionadas não apenas beneficia a saúde individual, mas também promove uma sociedade mais colaborativa em torno de um objetivo comum: garantir um futuro saudável para as próximas gerações.