Segundo o presidente da LBP, António Nunes, o objetivo é fazer o ponto de situação do financiamento aos bombeiros.
“Queremos explicar o estado da arte dos bombeiros para que as associações, juntamente com as Federações, poderem deliberar o que entendem fazer para em reunião do dia 18 de novembro, no concelho nacional, tomarmos uma decisão”, apontou António Nunes, que não tem problemas de afirmar que há um sub-financiamento dos bombeiros.
“Esta falta de financiamento justo não é de agora. O enquadramento do financiamento dos bombeiros todos anos tem como base três eixos: inflação, preço dos combustíveis e salários. Sempre que em qualquer ano estes três factores não seja, considerados em inclusão nos orçamentos ou contratos programas com a administração central com os bombeiros, estes perdem capacidade financeira. É neste princípio de que há um mínimo que devia ser atribuído a todos que achas que tem vindo a falhar. Não é de agora, mas sim desde há 20 anos para cá que é um problema”, referiu António Nunes.
Já o comandante dos BV Barcelinhos, também comandante nacional dos bombeiros, destacou a importância de receber “em casa” a reunião da LBP. José Beleza fala em união na classe e que esta acredita no bom trabalho do Ministério da Administração Interna (MAI).
“Os bombeiros fazem parte da solução para ultrapassar os problemas”, afirma o comandante, que juntamente com os bombeiros enaltecem o trabalho do MAI e depositam confiança no sentido de Estado.
Também Ana Luísa Damasceno, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Braga, mostrou preocupação com o aumento do custo de vida que também afeta os bombeiros.
“Eu também sou presidente de uma Associação Humanitária e a sustentabilidade preocupa. Claro que os bombeiros têm que ser aumentados, mas o Governo também tem que acompanhar esse aumento de encargos que os bombeiros estão a ter”, disse.
Já o presidente da Associação Humanitária dos BV Barcelinhos mostrou orgulho em receber a reunião em Barcelinhos, confessou que espera que 2024 seja um ano mais calmo em termos económicos.
“São várias as convulsões. Gerir uma casa como a dos BV Barcelinhos não é fácil. Contamos com ajuda de todos e do Governo também. Há um acompanhamento do Governo, que não suficiente, mas é um sinal de que nos quer ajudar. Por tal esperamos mais cooperação”, destacou José Arlindo Costa.