O agressor julgado é um empresário de 53 anos de Apúlia, concelho de Esposende, e que é conhecido das autoridades por várias desobediências.
O Tribunal de Esposende julga o recurso da vítima, que foi condenada a pagar 40 mil euros à Guarda pelo tempo de serviço que o GNR agredido esteve de baixa devido aos danos físicos que causou.
O despacho de pronúncia, emitido pelo tribunal, relata que os incidentes ocorreram em março de 2019. Na ocasião o arguido conduzia uma carrinha de caixa aberta na estrada que liga a Póvoa de Varzim a Esposende.
Ao chegar à rotunda de acesso à A28, ele avistou uma patrulha com dois guardas da GNR que realizavam fiscalização do trânsito e decidiu parar num caminho de terra a aproximadamente 50 metros de distância da patrulha.
Nesse momento, um dos guardas aproximou-se do condutor e solicitou-lhe os documentos. O que se seguiu foi um empurrão no peito dado pelo arguido, que resultou na projeção de um militar contra um veículo estacionado nas proximidades.
O empresário fugiu rapidamente do local, entrando por uma mata próxima.
O militar perseguiu o indivíduo, ordenando ao arguido que parasse. O arguido voltou-se para o guarda e sugeriu que não se aproximasse, simulando ter uma pistola ao colocar a mão no bolso. Essa “ameaça” fez com que o militar temesse por sua vida, o que o levou a sacar sua pistola e disparar tiros para o ar.
Apesar dos tiros de aviso, o arguido continuou a correr em direção a um muro na mata. No entanto, o GNR conseguiu alcançá-lo quando ele tentava escalar o muro, recebendo, ainda assim, um pontapé em uma das mãos, resultando numa fratura.
O indivíduo acabou imobilizado no chão e conduzido para junto do carro patrulha.
O arguido negou veementemente a prática dos crimes, no entanto há outro processo relacionado com o alegado agressor.
O GNR em causa, que avançou para julgamento e está a assumir as expensas do caso, terá recibo carta anónima na caixa do correio em casa e que o Tribunal vai julgar no Porto.