As tradicionais festas de S. Pedro na Póvoa de Varzim, vão este ano comemorar seis décadas de existência, com um programa que incluiu várias referências à história desta celebração de caráter lúdico e religioso.
Depois dois anos de interrupção, devido à pandemia da covid-19, a Câmara Municipal e as seis associações representativas dos bairros da cidade preparam para esta edição um cartaz nove dias consecutivos de festividades, entre 25 de junho e 3 de julho.
Logo no dia inaugural (25 junho/sábado), será inaugurada uma exposição, no icónico edifício do Diana Bar, junto à marginal, que vai recuperar a evolução das festas e das tradições nos últimos 60 anos, com fotografias, objetos e cartazes que vão contar a história do S. Pedro na Póvoa de Varzim.
O ponto alto das comemorações nesta localidade com fortes raízes piscatórias acontece na ‘grande noitada’ de S. Pedro, de 28 para 29 de junho (de terça para quarta-feira), com a celebração em várias ruas da cidade, espetáculos de música e dança e o convívio em torno da sardinha assada, que habitualmente atrai milhares de visitantes.
No dia 29 junho, feriado municipal, além da procissão religiosa à tarde, a autarquia preparou um concerto, à noite, de entrada gratuita, com o artista Tony Carreira, junto ao Casino da Póvoa.
Para 1 de julho, uma sexta-feira, foi planeada uma segunda noitada, coincidente com o fim de semana para cativar mais visitantes, mas desta feita com um cariz mais tradicional, pois será circunscrita ao ‘coração’ dos seis bairros da cidade, também com vários apontamentos de música e dança.
No dia seguinte, um sábado, haverá o espetáculo das rusgas [grupos folclóricos] dos seis bairros poveiros, que vão atuar num palco instalado no estádio do Varzim, seguindo-se um espetáculo de fogo-de-artifício, na marginal da cidade.
No domingo, 2 julho, haverá o cortejo luminoso das rusgas pelas ruas cidades, mas este ano com a particularidade dos participantes desfilarem com trajes que marcaram os últimos 60 anos das festas, estando os bairros a incentivar a população a juntar-se à iniciativa usando indumentária de tempos antigos.
Luís Diamantino, vereador com o pelouro da Cultura da Câmara da Póvoa de Varzim, considerou que “comemorar os 60 anos das festas de S. Pedro é um orgulho e um tributo para todos os que contribuíram para que esta tradição se mantivesse até aos dias de hoje”.
“Com bairrismo, e alguma rivalidade saudável, o importante é a coesão demonstrada pelos poveiros nestas seis décadas, para que as festas de S. Pedro sejam um marco e um acontecimento indispensável em todo concelho, que continuam a atrair milhares de visitantes de todo o país”, acrescentou Luís Diamantino.
O autarca vincou que a Câmara da Póvoa de Varzim, em articulação com a PSP, vai zelar pela segurança das festividades, até porque espera, este ano, um considerável aumento de turistas na cidade.