Em Braga o cenário à porta do hospital público era de dezenas de ambulâncias em espera, devido aos picos de ocorrências na urgência do Hospital de Braga.
Maioria dos casos relacionados com infeções respiratórias, especial casos de gripe A e covid-19.
Os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais do Minho variavam entre as quase 2 a 8 horas .
Bombeiros de Barcelos andaram a passear grávida
Um dos casos que nos chegou ao E24, depois de ter dado em primeira mão o caso da grávida que deu à luz no quartel dos BV Vila Verde, foi da corporação dos Bombeiros Voluntários de Barcelos.
Uma ambulância desta corporação, juntamente com a VMER de Barcelos, levaram a mulher grávida para o Hospital de Braga. Quando lá chegaram não havia obstetrícia e foram para Guimarães.
Em Viana a mesma coisa
Também em Viana do Castelo, no hospital público, o caos estava lançado com urgências à pinha e ambulâncias retidas.
A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).
A situação de caos nas urgências não é muito diferente no resto do país, muito por culpa da ação de protesto dos médicos.
Pizarro diz que espera “normalizar”
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, estimou que a situação relativa aos tempos de espera nos hospitais abrande apenas na próxima semana, a primeira de janeiro.
“Espero que isto se comece a atenuar na primeira semana de janeiro, mas isto é algo que temos que ir avaliando no dia-a-dia”, disse Manuel Pizarro ao E24.
De acordo com o governante, “habitualmente, estas agudizações das infeções respiratórias ocorrem por períodos de duas/três semanas”, estando já monitorizado “desde meados de dezembro, paulatinamente, um agravamento da situação no que diz respeito aos adultos”, depois de um pico nas crianças registado em novembro.
Manuel Pizarro reconheceu que a situação é negativa e não o “deixa nada tranquilo”, mas salientou que “há outros hospitais na região que têm conseguido dar uma boa resposta”.
O ministro voltou a apelar às pessoas que, antes de se dirigirem a um hospital, usem todos os meios prévios ao seu alcance, incluindo o recurso aos centros de saúde e a linha SNS 24.
Manuel Pizarro rejeitou ainda “um discurso alarmista” quanto à situação nas urgências.
“Nós temos dificuldades. Essas dificuldades são habituais nesta época do ano, o que não as torna mais aceitáveis, mas são habituais, e vamos vencer essas dificuldades, como sempre, com um grande esforço, com a rede do Serviço Nacional de Saúde”, anteviu.