Obrigatoriamente com cinco pessoas, quatro das quais a transportar aos ombros uma carrela dos sargaceiros e um último elemento – a representar o ano que termina – sentado na dita carrela, passeiam-se com roupas velhas pelas ruas.
“É uma tradição antiga de Esposende. Nós aproveitamos e temos vindo a fazer um concurso. Eles têm que passar por alguns estabelecimentos comerciais que dão uma pontuação”, refere o presidente da junta da freguesia de Marinhas, Gandra e Esposende, Aurélio Neiva.
A junta não se tem poupado a esforços para evitar que esta tradição continue. Um ritual que tem origens ancestrais e em tempos antigos onde era costume o cortejo parar à porta das tabernas para os carregadores descansarem e “molharem as goelas”, lançando impropérios e lamentos.
No final, e como manda a tradição, as carrelas concentram-se, por volta das 17:00 horas, no Largo dos Peixinhos (Fonseca Lima).
“Pelo percurso vão pedindo esmola para o ano velho”, explica o autarca, acrescentando que “há gente de todas as idades a participar”.
A tradição tem nos últimos anos ganho a forma de concurso, aberto para pessoas de todas as idades, promete animar a passagem de ano e premiar os participantes mais criativos.