Chegou a pairar no ar que podia estar em marcha um boicote às eleições legislativas naquela mesa de voto, situada na Escola Básica Integrada de Apúlia, mas o protesto foi apenas à porta das mesas de voto e que a votação decorreu normalmente.
Vestidos de preto e munidos de tarja de protesto, mais de 100 pessoas, apulienses e não só, reuniram-se em frente às mesas de voto de Apúlia para expressar sua indignação em relação aos sucessivos adiamentos de abertura da Unidade de Saúde local.
O protesto ocorreu entre as 8 e 10h00, destacando a urgência de respostas por parte do executivo camarário e da junta da freguesia sobre o processo, que se arrasta desde o tempo da ACES Cávado III Barcelos/ Esposende e que transitou para a competência da Unidade Local de Saúde Barcelos/Esposende.
Entre os manifestantes estava Manuel Melo, presidente da Mesa da Assembleia Freguesia da União de Freguesias de Apúlia e Fão.
“A unidade de saúde de Apúlia encontra-se encerrada há preocupantes 467 dias, deixando mais de quatro mil habitantes sem acesso aos serviços essenciais de saúde”, refere Manuel Melo, também elemento da Lista de Independentes Por Apúlia e Fão (LIPAF).
Manuel Melo expressou sua preocupação, afirmando que “há uma inoperância da freguesia no que diz respeito à saúde na nossa terra”.
O encerramento da unidade de saúde em Apúlia ocorreu há 467 dias, e a falta de comprometimento por parte das entidades responsáveis tem levado os manifestantes a temer o destino semelhante ao ocorrido em Belinho, onde o pólo de saúde inicialmente temporário tornou-se permanentemente fechado.
Os protestantes reivindicam não apenas a reabertura imediata da unidade de saúde, mas também uma explicação transparente sobre as razões do fechamento e um comprometimento efetivo para evitar que a situação se torne irreversível, como ocorreu em outras localidades.