A coroa da árvores da Europa foi este ano para uma “faia” poloca. Mas há outra árvore que encantou: uma camélia bem portuguesa e do Minho.
O prémio Árvore Europeia do Ano – que reúne árvores com histórias interessantes de toda a Europa e ao mesmo tempo promove a importância da nossa ligação com a natureza – vai para uma faia com 200 anos apelidada de “Coração do Jardim”.
Esta árvore majestosa, com um tronco invulgarmente grosso, está localizada no coração do jardim botânico da Universidade de Wroclaw, na região de Niemcza, na Polónia.
Levou para casa 39.158 votos e vence pela terceira vez seguida o concurso anual e que teve “gala” no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
A árvore francesa “A Faia Chorosa de Bayeux” ficou em segundo lugar com 24.807 votos. Com uma copa de 40 metros, esta exemplar de 160 anos precisa de uma estrutura de suporte artificial para se manter em pé.
O terceiro lugar ficou a “A Oliveira Milenar de Luras”, na Sardenha, Itália, com 13.933 votos. Estima-se que tenha três a quatro mil anos, ou seja, da Idade do Bronze.
Em quarto lugar ficou a incrível “Camélia” de Guimarães, Portugal. Lindamente cuidada, este exemplar fica nos jardins centenários da antiga Villa Margaride.
A ‘Pereira no Meio de um Campo’ da República Checa ficou em quinto lugar, completando os cinco primeiros lugares com 10.433 votos.
Este ano, 15 países participaram no concurso.
A história da Camélia Japoneira de Guimarães
A Camélia-japoneira já havia vencido a 7ª edição nacional da Árvore do Ano e ficou agora em quarto lugar ao nível europeu.
Esta árvore tem 6,30 metros de diâmetro e 6,15 metros de altura. Esta cameleira, com a copa em forma de campânula, foi considerada de interesse público pelo Despacho n.º 837/2022.
Estima-se que este exemplar centenário terá cerca de 300 anos. Foram introduzidas em Portugal através dos marinheiros dos Descobrimentos que traziam e levavam sementes de diferentes espécies entre os vários portos do mundo
É considerada uma representante da história portuguesa e das relações comerciais entre Portugal e o Japão.