O coordenador da Comissão de Trabalhadores do Hospital de Braga (CTHB) afirmou ao E24 que os trabalhadores daquela unidade de saúde pública não querem regressar às Parcerias Público Privadas (PPP).
Segundo Camilo Ferreira é “falso” que os trabalhadores prefiram uma gestão debaixo da alçada de uma PPP e dá mesmo nota de que quando houve o regresso do Hospital de Braga a EPE as condições melhoram “bastante”.
“As diferenças são muitas. Dou alguns exemplos, como a nível de reconhecimento pessoal dos trabalhadores, passaram das 40 horas para as 35, ganharam ADSE, ganharam respeito e admiração, as bolsas de horas começaram a ser pagas, e assim os funcionários começaram a sentirem-se mais satisfeitos”, dá nota Camilo Ferreira.
Aliás mesmo a nível da gestão hospitalar, esta comissão dá nota que houve um “aumento de cirurgias e número de consultas”.
“São números reais que queremos levantar às altas instâncias”, afirma o coordenador da CTHB, que ao E24 destaca que “os trabalhadores não querem ver o Hospital de Braga mudar para PPP”.
“Ainda estamos agora com a integração dos centros de saúde nas Unidades Locais de Saúde como a de Braga e não faz qualquer sentido andar para trás”, vaticina.
Na gestão pública ou privada, não reconhecem os profissionais. Sim TAS e AO’s são tratados como criados, a ralé do hospital. Essses mesmos profissionais trabalham 7 dias seguidos sem folgas, com turnos de 12 horas. As condições de trabalho não são boas. Os materiais estão em péssimo estado. Enfim, não há uma fiscalização que se preocupe com os funcionários. Eles limpam, auxiliam no cuidado, fazem transporte, fazem tudo e são visto nada, ou pior, nem são vistos.