O blog “Alma de Viajante” celebrou ontem, dia 25 de fevereiro, 20 anos de divulgação de muitas viagens pelo mundo, recheadas de aventuras, protagonizadas por Filipe Morato Gomes.
O autor foi aluno de Engenharia de Sistemas Informáticos da Universidade do Minho, viveu em Braga, ainda continua ligado à Azeituna, e é a viajar que tem concretizado os seus sonhos.
Em fevereiro de 2001, Filipe Morato Gomes publica os seus primeiros textos de viagens, então no endereço www.fmgomes.com, mas já com o título Alma de Viajante, naquilo que viria a ser o embrião do blog de viagens Alma de Viajante.
Os trabalhos que publica em revistas, resultado de viagens e vivências, decide colocá-los “online” para não morrerem no papel, uma vez que, naquela altura, ainda nenhuma publicação apostava na internet. Agora, após 20 anos sempre norteado pelo lema “Viajar. Partilhar. Inspirar.”, o blog conta com mais de sete mil artigos publicados, entre reportagens em longo formato, crónicas de viagens mais intimistas, artigos inspiracionais, roteiros e dicas práticas sobre destinos em todo o mundo, entrevistas e até informação noticiosa sobre promoções de voos ou novas rotas aéreas.
Ao Diário do Minho, Filipe Morato Gomes conta que, o grande momento de viragem do seu blog aconteceu depois de ter perdido o emprego em 2003 e de ter decidido dar a volta ao mundo, num projeto que durou 14 meses.

«Em 2004 e 2005 é que isto se transformou pela primeira vez num blog», afirma. Durante esta volta do mundo foi sempre escrevendo para a revista Fugas, publicando-as depois no seu site. Na altura, recorda, não havia telemóveis com wi-fi e a internet era rudimentar.
«Eu tinha que ir aos ciber-cafés com uma pen para mandar os textos. Aí, eu via os comentários aos artigos e aquilo funcionava como o combustível que eu precisava para continuar. Foi aí que percebi o poder que é a interatividade com os leitores», recorda.
Ao longo destes anos, Filipe Morato Gomes sublinha que houve altos e baixos e que, transformar um blog em algo financeiramente rentável exige imenso trabalho. Neste percurso teve que abraçar outros projetos como workshops de escrita de viagens e liderar viagens para pequenos grupos à Mongólia e ao Irão.

Em 2013 decide criar um segundo blog, o que classifica hoje como «um erro crasso».
A determinado momento viu que, apesar de ser dono do seu tempo já não tinha tempo para fazer as suas viagens. E foi numa conversa com uma amiga que Filipe Morato Gomes percebeu como dar um novo impulso ao “Alma de Viajante” e à sua vida.
«Ela disse-me: tens que aprender a fechar portas. Fiquei a pensar e decidi fechar portas para me focar cem por cento no blog. E o que é engraçado é que os resultados apareceram quase imediatamente», conta. Assim, salienta, 2018 e 2019 foram os melhores anos de sempre.
«E 2020 ia ser um ano ainda melhor», acrescenta. Filipe Morato Gomes, ao fim de 20 anos, garante que, enquanto for possível, quer continuar com o “Alma de Viajante” e a fazer o que mais gosta. «Esta liberdade não tem preço», afirma.