A Farfetch, gigante do mundo da moda, está a passar por uma reestruturação significativa após ser adquirida pelo grupo sul-coreano Coupang por 500 milhões de euros.
A empresa, que recentemente fechou os seus escritórios em Braga e concentrou operações em Guimarães, agora procura preencher 47 vagas em Matosinhos, principalmente nas áreas de contas de clientes e finanças.
Desde a aquisição, estima-se que a Farfetch tenha despedido cerca de 1.000 funcionários em Portugal, representando 30% da força de trabalho no país.
As vagas disponíveis incluem cargos como supervisores de contas de pagamento, gestores de operações financeiras, engenheiros de software, especialistas em gestão de talento e analistas de dados.
A empresa, fundada por José Neves em Guimarães, continua a manter serviços essenciais em Matosinhos, apesar das mudanças e do controlo do grupo sul-coreano.
A reestruturação surge num contexto financeiro difícil, com a Farfetch a reportar um prejuízo de 93 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2024, enquanto o volume de negócios foi de 288 milhões de dólares.
Além disso, a crise pós-pandemia e a falência de alguns serviços resultaram no encerramento de operações, como a de Braga, que empregava 150 pessoas.
Cerca de 700 trabalhadores já aceitaram rescisões sem subsídio, e outros 200 com contratos a termo não terão renovação. No total, a empresa prevê despedir 2.000 pessoas, o equivalente a 30% dos seus funcionários a nível global.