Marte Hipólito, membro da organização da III Marcha LGBTI+ Esposende, destacou a importância de sair da “bolha de conforto” e olhar com mais atenção para os problemas que afetam terceiros.
Em declarações ao E24 ontem no final da marcha e num apelo direto à comunidade, Marte sublinhou a necessidade de “maior envolvimento nas causas sociais e LGBTI+“, defendendo que “é fundamental empatizar com as pessoas mais desfavorecidas e dar voz àqueles que não têm tantos recursos”.
“O mais imediato e por onde nós podemos começar, e que eu sinto que esteja mais acessível, é sair da nossa bolha de conforto. Temos que começar a olhar à volta para os desconfortos dos outros, aqueles desconfortos inconvenientes de nos apercebermos, mas que estão bem mais próximos do que nós achamos”, afirmou Marte Hipólito.
“É preciso empatizar com as pessoas que não têm tanta voz, tanta força e tantos recursos, e que estão mais desfavorecidos. Um passo muito imediato é envolvermo-nos mais com a luta”, destacou ainda.
A organização considera que a marcha LGBTI+ foi um sucesso, com uma presença fiel e forte dos participantes, mesmo que o número de pessoas não tenha sido elevado.
Destaque ainda para o número fora do comum de militares da GNR que acompanharam a marcha.
Junto desta ação também estiveram representados os partidos Bloco de Esquerda, com Manuel Gomes Pereira e Bruno Maia, e o Partido Socialista, através da fangueira Ânia Peixoto.
Também o Partido Livre (Braga) com Luís Cerqueira e Carlos Fragoso marcou presença.
“A marcha correu bastante bem. As pessoas que marcaram presença foram muito fortes e fiéis, e tivemos um percurso até bastante longo. Não éramos muitas pessoas, mas as que estavam foram bastante participativas e mantiveram a força lá em cima”, acrescentou Marte Hipólito.
No entanto, a mensagem da organização vai além do evento em si. Marte Hipólito apelou a uma maior mobilização da comunidade de Esposende, destacando que a participação ativa não pode limitar-se ao apoio nas redes sociais.
“Era apelar a toda a comunidade de Esposende para uma participação ativa. Não basta um ‘like’ nas redes sociais, não basta dizerem ‘ai, que giro, que fixe, que está a acontecer’. Têm que aparecer, têm que marcar presença, têm que se juntar a nós e, no dia, estar a falar à comunidade e a puxar mais pessoas para o movimento”, concluiu.
muito bom