Greve dos funcionários públicos, realizada hoje, causou o encerramento de várias escolas em Esposende e Braga, segundo foi possível apurar até ao momento pelo E24.
Em Esposende, a vereadora da Educação, Alexandra Vilar, informou que três escolas foram afetadas. A Escola Básica de Pinhote nas Marinhas, no agrupamento António Rodrigues Sampaio, fechou devido à ausência de um assistente operacional (AO), responsável pela chave do edifício.
Em Forjães (um AO em greve) e na Secundária Henrique Medina (2 AO em greve), houve adesão à greve, mas sem perturbações nas atividades escolares.
Já no agrupamento de Escolas António Correia de Oliveira foram duas as escolas a fechar (11 AO em greve).
“A de Gandra e a EB1 de Esposende”, referiu a vereadora.
Braga com 4 escolas encerradas
Em Braga, quatro escolas não abriram portas: Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, Escola de Gualtar, Escola D. Maria II e Escola André Soares, deixando centenas de alunos sem aulas.
A greve faz parte de uma manifestação nacional sob o lema “Parar o empobrecimento: aumentar salários e pensões, valorizar carreiras, reforçar os serviços públicos”, convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, com o ponto alto marcado para as 15h00 em Lisboa.
Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, disse ao E24 que há um impacto “significativo” da paralisação, que também afeta hospitais, Lojas do Cidadão, Segurança Social e Finanças.
Santana criticou a postura do Governo, acusando-o de negociações “infrutíferas” e de propostas de aumento salarial insuficientes.
A Frente Comum exige um aumento mínimo de 15%, ou 150 euros por trabalhador, e o aumento do subsídio de alimentação para 10,50 euros.
Para Santana, o Orçamento de Estado para 2025 não prioriza os funcionários públicos, mas inclui aumentos significativos para serviços externos. “
Há dinheiro, mas falta vontade política para valorizar os serviços públicos”, concluiu o sindicalista.
Este protesto e greve reflete o crescente descontentamento dos trabalhadores do setor público, que se dizem “preocupados com a perda de poder de compra e a estagnação das suas carreiras”.