Na última Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim foi aprovada por unanimidade uma moção apresentada pelo Bloco de Esquerda em defesa da ampliação e reabilitação do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde (CHPV/VC).
A iniciativa surge em resposta à ausência de verbas para o projeto no Orçamento do Estado (OE) para 2025, contrariando promessas feitas pelo primeiro-ministro Luís Montenegro em junho passado, durante as celebrações do Dia da Cidade.
O Bloco de Esquerda já havia proposto um aditamento ao OE, visando incluir os fundos necessários à concretização das obras do hospital. No entanto, a proposta foi rejeitada com os votos contra de PSD e CDS e as abstenções de PS, IL e PCP.
Face a este cenário, a moção aprovada será enviada a várias entidades, incluindo o Presidente da República e a Ministra da Saúde, apelando ao início imediato do processo e à mobilização de recursos indispensáveis para este investimento essencial.
O Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde presta cuidados a mais de 150 mil pessoas, um número que duplica no verão, e aguarda a ampliação há oito anos.
Durante este período, perdeu-se a oportunidade de aceder a 2,3 milhões de euros em fundos comunitários.
A população local manifesta crescente descontentamento com a inércia governamental, especialmente perante declarações recentes do primeiro-ministro garantindo uma “decisão efetiva” sobre o projeto.
A moção sublinha que a saúde é um direito constitucional e um investimento no bem comum, destacando o papel do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na redução das desigualdades territoriais.