Um padre marcava encontros no outlet Vila do Conde e centro comercial de Braga. Está acusado de crimes de pornografia infantil e posse de armas na casa paroquial.
O padre exercia em 2018 funções em Terras de Bouro e aguarda decisão judicial.
O E24 confirmou a existência de um processo aberto contra o sacerdote suspeito de crimes de pornografia de menores e posse de arma proibida. Este processo também avança na justiça “canónico”, independentemente da decisão que venha a ser proferida durante a instrução do processo.
“O inquérito avança, a não ser que o padre renuncie”, sublinhou fonte do E24.
O caso remonta a 2018, quando o padre, então a exercer funções em Terras de Bouro, terá conhecido um jovem através da rede social Facebook, onde mantinha uma página sem se identificar como sacerdote.
O rapaz, que residia em Amares e entretanto atingiu a maioridade judicial aos 16 anos, terá pedido amizade ao padre, iniciando-se um contacto que evoluiu para encontros pessoais.
Segundo relatos, o sacerdote terá sugerido ao jovem que experimentasse ter relações com outro homem, o que alegadamente ocorreu na casa paroquial.
A relação terá incluído troca de mensagens amorosas e fotografias de cariz sexual, além de encontros em locais públicos, como um centro comercial em Braga e um outlet em Vila do Conde.
Contudo, o padre terá posto fim ao relacionamento. O caso chegou ao conhecimento da justiça após uma investigação da Polícia Judiciária de Braga, que encontrou provas de pornografia infantil e posse ilegal de armas na casa paroquial.
Apesar disso, o jovem recusou-se a apresentar queixa por alegados crimes de abuso sexual.
Além deste processo, o sacerdote, atualmente com 53 anos e suspenso de funções, enfrenta acusações do Ministério Público por 18 crimes de abuso de menores, denunciados pela mãe de três das alegadas vítimas.