Miguel Costa Gomes está a ponderar avançar com uma candidatura independente à Câmara de Barcelos nas próximas Eleições Autárquicas. Vasco Real “pronto” para Arcozelo.
A possibilidade surge após sua expulsão do Partido Socialista (PS) em setembro de 2023, alegadamente por ter boicotado a candidatura do partido à presidência da Câmara, liderada pelo vereador Horácio Barra.
Desde então, Costa Gomes tem exercido a sua função como deputado na Assembleia Municipal.
Embora ainda não tenha tomado uma decisão oficial sobre o seu futuro político, fontes próximas indicam que o ex-presidente da Câmara tem enfrentado pressões de elementos ligados à candidatura socialista, liderada por Armandina Saleiro. Estes insistem para que Costa Gomes declare apoio à lista do PS, algo que ele tem recusado, especialmente após a sua saída da Câmara em desacordo com a sua ex-vice-presidente.
Informações obtidas pelo Barcelos Popular revelam que o presidente da Federação de Braga se reuniu com Costa Gomes na tentativa de convencê-lo a não avançar com uma lista independente, alertando que tal movimento poderia dividir o PS em Barcelos.
Paralelamente, há movimentações por parte de José Paulo Teixeira, ex-presidente da União de Freguesias de Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha S. Martinho, que deseja que Costa Gomes integre a candidatura do movimento independente “Todos Barcelos”.
Este movimento, que já havia concorrido nas eleições anteriores, obteve 4,47% dos votos para a Câmara Municipal e 4,39% para a Assembleia Municipal, elegendo dois deputados.
Por outro lado, Vasco Real, ex-adjunto e sobrinho de Miguel Costa Gomes, é esperado para avançar à Junta de Freguesia de Arcozelo.
Aliás, Vasco Real terá mesmo recusado aproximações do PS e do PSD, estando convicto de quer apenas pensar na freguesia de onde é natural e faz vida social, desportiva e cultural.
Nos círculos do PS, o nome que está a ser falado para concorrer a esta Junta é o de Francisco Rocha, ex-autarca e ex-vereador, tendo em conta que o atual presidente, Monteiro da Silva, já atingiu o limite de mandatos e não poderá recandidatar-se.
No que diz respeito à coligação de direita PSD/BTF/CDS, que renovou o acordo no final do ano passado, ainda não foram revelados os nomes dos candidatos.
A distribuição dos lugares manter-se-á como nas eleições anteriores, com o BTF a ocupar o segundo lugar da lista. Para já, apenas está confirmado o nome do candidato a presidente, Mário Constantino.
As próximas semanas prometem ser decisivas para o panorama político de Barcelos, com as candidaturas a serem formalizadas e a dinâmica entre os partidos a intensificar-se.