O nome de Paulo de Morais, antigo vice-presidente da Câmara do Porto, foi noticiado como “aprovado por unanimidade numa assembleia de militantes do PSD para encabeçar a lista do partido à Câmara de Viana do Castelo”. Será que foi mesmo assim?
Ora, mal a notícia saiu, vieram logo a público algumas reações a tentar repor a verdade dos factos. Domingos Cachadinha utilizou as redes sociais para esclarecer que divulgou a informação…errada.
“Aprovado sim, mas pelo que disseram, foi a C.P.S. O Plenário apenas dá parecer, e não é ao candidato a presidente. É às candidaturas aos órgãos das autarquias…Agora esperemos que daqui a 3 meses haja o Plenário para ´aprovação do programa eleitoral sob proposta da C.P.S`….”, afirmou
O E24, que também chegou a noticiar, foi atrás de esclarecimentos.
“Foi aprovado sim, pela Comissão Política de Secção de Viana Castelo (a Comissão Política é um órgão diferente da Assembleia de secção, vulgo plenário). No dia 7, o nome foi levado a conhecimento para emissão de parecer da Assembleia de Secção (“Militantes”), conforme ditam os estatutos e conforme convocatória que anexo (ponto 3 da Convocatória)”, começou por referir fonte interna do PSD.
“Não houve qualquer votação e, portanto, não poderia ter havido aprovação ou reprovação. O nome (já previamente aprovado como disse pela CP) de Paulo de Morais na Assembleia foi considerado maioritariamente aceite pelos presentes mas não a 100%”, sublinhou a mesma fonte.
Vários militantes do PSD colocaram mesmo “reservas quanto à escolha”, que gerou alguma controvérsia com declarações “pesadas” para o atual primeiro-Ministro, Luís Montenegro.
O processo seguirá agora os trâmites internos habituais, estando prevista, em breve, a apresentação pública do candidato.
Paulo de Morais, de 61 anos, natural de Viana do Castelo, foi vice-presidente da Câmara do Porto entre 2002 e 2005, responsável pelos pelouros do urbanismo, ação social e habitação. Além da sua experiência autárquica, Morais candidatou-se, como independente, às eleições presidenciais de 2016 e, em 2019, apoiado pelo partido Nós, Cidadãos! e pelo Partido da Terra – MPT, concorreu ao Parlamento Europeu.
Atualmente, é docente na Universidade Portucalense, presidente da Frente Cívica – Associação de Intervenção Cívica, que fundou em 2016, e comentador televisivo.
Ao longo da sua carreira, integrou missões internacionais do Conselho da Europa sobre boa governação, anticorrupção e branqueamento de capitais, além de ter participado na revisão do Índice de Perceções da Corrupção da Transparency International.