O apagão que afetou a rede elétrica da Península Ibérica há um mês provocou prejuízos superiores a dois mil milhões de euros para as empresas nacionais.
Esta conclusão resulta de um inquérito realizado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), no qual quase todas as empresas afetadas reportaram perdas significativas. A ministra do Ambiente e Energia anunciou que o relatório final sobre as causas do apagão deverá ser disponibilizado dentro de seis meses.
De acordo com o comunicado da AIP, 71% das empresas relataram falhas em compromissos com clientes, como entregas e serviços, com 99% indicando ter sofrido prejuízos, especialmente no setor industrial. O inquérito também revelou “fragilidades no plano energético”, com 57% das empresas sem sistemas de emergência, como geradores ou baterias de segurança.
A maioria das empresas expressou a necessidade de compensação, seja através de compensações diretas ou redução de tarifas e impostos sobre a energia. Além disso, 93% dos 1.710 inquiridos defendem que os governos de Portugal e Espanha devem investigar as responsabilidades e assumir compensações.
Diversas investigações foram iniciadas pelos dois países e pela Comissão Europeia, mas as causas do apagão permanecem indeterminadas.
A ENTSO-E comprometeu-se a agilizar a apuração dos fatos, sendo que o relatório preliminar deve ser entregue até 28 de outubro.
