O comandante dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, afirmou que os incêndios que têm assolado a região nos últimos meses são resultado de “mão criminosa”.
De acordo com Guimarães, seis incêndios de grandes proporções foram registados em áreas como Álvora, Miranda, Cabana Maior, Rio Frio, Guilhadezes e Vila Fonche.
“Aqui nos Arcos de Valdevez, há uma referência clara a atos criminosos, e as autoridades judiciais já estão envolvidas na investigação”, declarou o comandante, referindo-se ao frequente ressurgimento de fogos nas mesmas áreas.
“O que é certo é que hoje, 16 de setembro, desde agosto, já fomos chamados 37 vezes a Rio Frio”, acrescentou, destacando a gravidade da situação.
Filipe Guimarães lamentou a ausência da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) no combate às chamas.
“Falou-se na AGIF como uma solução para os incêndios, mas nada”, frisou o comandante.
Segundo Filipe Guimarães, os bombeiros locais têm enfrentado vários incêndios simultâneos, o que torna a sua tarefa quase impossível de gerir.
“Chegam a ocorrer quatro ou cinco incêndios ao mesmo tempo, e não há milagres”, destaca.
O comandante também referiu que o desgaste da frota e dos recursos dos bombeiros, mencionando mais de 340 intervenções em incêndios e operações de rescaldo desde o início do verão.