Portugal registou 49 mortes por afogamento nos primeiros quatro meses de 2024, o número mais elevado desde 2017, segundo o relatório do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS).
O relatório destaca que abril foi o mês com mais ocorrências, contabilizando 26 mortes, superando os 16 registados no mesmo mês de 2023 e os 14 de 2022.
Dados Estatísticos e Padrões de Afogamento
Localização dos Afogamentos: A maioria das mortes ocorreu no mar (21), seguida de rios (16), poços (6), valas, barragens, lagos e fossas.
Perfil das Vítimas: Mais de metade eram homens (69,5%), com idades entre 70 e 74 anos (21,7%).
Circunstâncias: Os afogamentos ocorreram durante banhos de mar em lazer, atividades de parapente, quedas na água e causas desconhecidas.
Geografia: O distrito do Porto registou 21,7% dos casos, seguido por Coimbra e Lisboa (13% cada).
Análise e Recomendações da FEPONS.
A FEPONS sublinha que todos os afogamentos ocorreram em locais não vigiados. A federação apela a mudanças políticas urgentes, incluindo vigilância todo o ano através da implementação de assistência a banhistas durante todas as estações e em diferentes níveis de alerta.
Também os equipamentos de segurança devem reforçados, nomeadamente torres de vigilância, motos 4×4 e motos de salvamento marítimo.
“Programas educativos sobre segurança aquática nas escolas e a criação de uma carreira especial na função pública para nadadores-salvadores”, destaca ainda a FEPONS.
Contexto da Época Balnear
A época balnear de 2024 começou a 1 de maio no concelho de Cascais e em alguns locais da Madeira. A duração da época balnear é definida por portaria publicada em Diário da República, usualmente entre 1 de maio e 30 de outubro, com variações decididas pelas câmaras municipais.