Aires Pereira descreveu a situação como um “retrocesso civilizacional” e enfatizou a gravidade do problema ambiental.
O edil observou que resíduos estão sendo despejados diretamente no aterro sem qualquer triagem ou tratamento, o que vai contra as diretrizes de reciclagem e normas ambientais.
O autarca da Póvoa de Varzim afirmou que a situação foi documentada com fotografias, que foram publicadas nas redes sociais da Junta de Freguesia da Laúndos, uma aldeia próxima ao aterro.
A população local tem se queixado, desde o ano passado, de um “cheiro nauseabundo” proveniente do aterro.
Além do problema dos odores incômodos para a população, Aires Pereira ressaltou que o aterro não está a contribuir para as metas ambientais, e fazer descargas de resíduos não tratados no século XXI é inadmissível.
O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim anunciou que vai encaminhar uma “nova comunicação oficial” às entidades competentes, incluindo o Ministério do Ambiente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT). Ele enfatizou a necessidade de medidas urgentes para resolver a situação e criticou a gestão do aterro como “inadmissível”.
O aterro sanitário em questão, localizado na freguesia de Paradela, em Barcelos, distrito de Braga, é operado pela empresa Resulima, que é responsável pela coleta de resíduos em vários municípios da região. O aterro entrou em funcionamento no início de 2022, mas tem sido alvo de contestação devido ao forte odor que afeta as freguesias vizinhas da Póvoa de Varzim.