Segundo o BE. “a visão neoliberal que norteia a acção do actual executivo municipal”, no que à cultura diz respeito, “valoriza apenas as iniciativas de chave na mão.
“Projectos culturais que são adquiridos, sem que haja uma perspectiva de articulação efectiva com as organizações culturais, nem de enraizamento ou de continuidade”, afirma o BE.
“Estão sempre obrigadas a solicitar apoios, muitas vezes técnicos, quase sempre insuficientes ou inexistentes. Esta realidade explica que, apesar de uma atividade cultural relevante, ainda que com dificuldades, se verifique a escassez do público, mesmo quando são iniciativas gratuitas ou a custo simbólico”, lê-se ainda na nota de imprensa.
Outra dificuldade transversal anotada neste evento tem a ver com “a falta de sedes para as estruturas culturais e que são essenciais ao seu funcionamento”.
“Esta situação ocorre numa cidade onde os centros comerciais de primeira geração estão ao abandono, há espaços culturais encerrados há décadas, como o auditório Gallecia, os poucos que existem precisam de reabilitação, os que foram criados, estão sempre encerrados, como a galeria do fórum Altice, os espaços que poderiam ser reconvertidos, como a Fábrica Confiança, são cedidos e sem contrapartidas, como seria o edifício da rua do Castelo”, destacam.