O candidato da Iniciativa Liberal à Câmara de Braga, Rui Rocha, reuniu-se com a Associação de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (AEEMUM) para analisar os desafios enfrentados pelos estudantes durante os seus estágios curriculares.
O encontro focou-se especialmente nas questões de mobilidade, condições logísticas e impacto pessoal destes estágios.
Os alunos de Medicina são obrigados a realizar estágios rotativos em Braga, Guimarães e Viana do Castelo, o que implica frequentes deslocações e mudanças de alojamento. Muitos veem-se forçados a alugar casas por curtos períodos, acumulando despesas sem qualquer compensação financeira.
“O sistema de transportes é outro problema grave: as opções públicas são insuficientes, como no caso da Cávado Mobilidade, e o uso de viatura própria representa um encargo adicional”, afirma Rui Rocha.
Em localidades como Terras de Bouro ou Vieira do Minho, os bilhetes podem custar até 9,50€, com trajetos que exigem ainda longas caminhadas a pé.
Além disso, a sobrecarga académica é evidente. Os estágios coincidem frequentemente com épocas de exames, provocando desgaste físico e emocional. O problema é transversal a outros cursos da área da saúde, como Enfermagem, onde já se registaram desistências devido à pressão.
Os estudantes propõem “a criação de protocolos com hospitais privados e comunidades intermunicipais, bem como apoios diretos para alimentação, transporte e alojamento“.
“Também defendem o alargamento dos PNA a mais localidades e uma maior celeridade no reconhecimento do internato médico”, afirma o candidato da IL.
Segundo dados da AEEMUM, por trimestre, 60 estudantes estagiam em Braga e Guimarães, e 30 em Viana.