Partido Comunista Português (PCP) apresentou hoje as propostas prioritárias para o concelho de Braga, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para 2025.
Em declarações junto ao Hospital de Braga,Vítor Rodrigues, vereador da Câmara de Braga, reiterou críticas à proposta do Governo, que consideram insuficiente para resolver os problemas dos trabalhadores e do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Segundo Vítor Rodrigues, “o Orçamento privilegia lucros dos grupos económicos e parcerias público-privadas, enquanto metade das verbas do SNS são canalizadas para empresas privadas que fazem da saúde um negócio lucrativo”.
A construção de uma nova ala de cirurgia no Hospital de Braga é uma das recomendações do PCP, para responder às crescentes necessidades da região em cuidados de saúde;
Face a este cenário, os comunistas reforçaram o compromisso de continuar a defender uma política alternativa que priorize os interesses das populações e combata as desigualdades sociais.
Entre as propostas apresentadas pelo grupo parlamentar comunista destacam-se as questões da mobilidade na região.
O comunistas querem a criação de um passe inter-regional e intermodal, promovendo a mobilidade e acessibilidade no distrito. A ligação ferroviária direta entre Braga e Guimarães, facilitando a circulação entre duas cidades estratégicas do Minho.
Construção integral da Variante do Cávado é outras das propostas, que dizem ser “essencial para a redução do tráfego na cidade e melhoria das acessibilidades”. Assim como a requalificação da EN101 e da EN103, incluindo o cruzamento com a EN304, que são vias fundamentais para a segurança e desenvolvimento da região.
Os dirigentes sublinharam que várias destas propostas já foram aprovadas em moções na Assembleia Municipal de Braga, mas têm encontrado resistência na Assembleia da República, onde, segundo Vítor Rodrigues, “PSD, CDS e PS mostram falta de coerência, apoiando localmente os investimentos, mas rejeitando-os em Lisboa”.
O PCP reafirmou a importância de pressionar o Governo para concretizar estes projetos, considerados estruturantes para a qualidade de vida e desenvolvimento económico de Braga e do norte do país.